Em uma pesquisa sobre adultério realizada em 24 cidades de dez países - entre eles Rússia, Estados Unidos e França -, Pamela Druckerman entrevistou psicólogos, sexólogos, conselheiros de casais e adúlteros. A jornalista chegou a conclusões surpreendentes: que os estadounidenses são, na verdade, os menos adeptos aos casos amorosos extraconjugais, os que têm os maiores problemas para vive-los e os que mais sofrem com suas consequências; os russos não consideram que um caso de verão caracterize infidelidade; os sul-africanos consideram a embriaguez uma desculpa adequada para o sexo fora do casamento; e os homens de negócios japoneses acreditam que “se você pagar, não é traição”.

A pesquisa de Pamela tem como objetivo saber como as pessoas de diferentes culturas canalizam o desejo de trair. Segundo a autora, homens e mulheres, em todos os lugares que visitou, tinham as mesmas urgências biológicas e emocionais. Pamela reuniu uma coleção de confissões e relacionou as informações que obteve com as pesquisas acadêmicas sobre casos amorosos usando como referência bibliográfica.

A autora visitou países onde tinha amigos ou conhecia um pouco do idioma local, e lamenta em sua introdução não ter podido conhecer o Brasil e a Índia. A amostra de adúlteros deste livro não é científica, mas estratégica, pessoal e acidental, o que torna a leitura ainda mais interessante.

“Divertido, instigante e surpreendente. É a novela que compõe a vida amorosa das pessoas” - The observer

“Uma análise acurada e desmitificadora que merece ser lida” - The Economist