"Não preciso de música de violino", disse Rebecca Martin a um infeliz pretendente. A frase define bem sua vida àquela altura: aos 38 anos, sozinha, mãe de uma menina de seis anos e presa a um emprego de que não gostava, Rebecca sentia-se incapaz de experimentar uma vida leve novamente. Cautelosa, não se permitia alimentar a esperança de encontrar um grande amor.

Em um sábado pela manhã, Rebecca recebe a visita de um sujeito disposto a alugar o apartamento de hóspedes um andar de baixo de sua casa, vago havia pouco tempo. Seu novo inquilino é Michael Christopher, um homem de cerca de quarenta anos que tenta se adaptar ao mundo após vinte anos em um mosteiro. O conflito entre o desejo de unia vida reclusa e contemplativa e a necessidade de participar ativamente da realidade mergulha a alma do ex-monge em dúvidas e incongruências.
A tensão dos sentimentos de Rebecca e Michael, enquanto a proximidade os toma cada vez mais ligados, obriga os dois a lutar contra as tentações que os assombram — ele contra a tentação de entregar-se; ela, a tentação de ter esperança. O monge do andar de baixo é uma história terna que se torna intensa à medida que a riqueza das emoções que envolvem seus personagens é revelada.